quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O lápis

O Lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura perguntou:
- Você está escrevendo uma história
que aconteceu conosco?
E,
por acaso,
é uma história sobre mim?
A avó parou a carta,
sorriu,
e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você,
é verdade.
Entretanto,
mais importante do que as palavras
é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele,
quando crescesse.
O menino olhou para o lápis,
intrigado,
e não viu nada de especial.
E disse:
- Mas ele é igual a todos os lápis
que vi em minha vida!
– No entanto,
a avó respondeu:
– Tudo depende do modo
como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que,
se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
Primeira qualidade:
você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca
que existe uma Mão que guia seus passos.
Essa mão nós chamamos de Deus,
e Ele deve sempre conduzí-lo
em direção à Sua vontade.
Segunda qualidade:
de vez em quando eu preciso
parar o que estou escrevendo,
e usar o apontador.
Isso faz com que o lápis sofra um pouco,
mas no final,
ele está mais afiado.
Portanto,
saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade:
o lápis sempre permite
que usemos uma borracha para apagar aquilo
que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa
que fizemos não é necessariamente algo mau,
mas algo importante para nos manter
no caminho da justiça.
Quarta qualidade:
o que realmente importa no lápis
não é a madeira ou sua forma exterior,
mas a grafite que está dentro.
Portanto,
sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente,
a quinta qualidade do lápis:
ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira,
saiba que tudo que você fizer na vida,
irá deixar traços,
e procure ser consciente de cada ação.
Se seguirmos os ensinamentos de Jesus,
e deixá-lo cuidar do “Lápis” que somos,
com certeza,
a solidão e o vazio,
não terão espaço em nossas vidas. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Boneca de pano



Essa é a historia de uma boneca, uma boneca de pano, dessas que raramente vimos hoje em dia em meio a tantas outras, tão glamourosas, que falam, andam e que custam os olhos da cara. Ela é diferente, ela é apenas uma boneca, nem tão velha, mas também não muito nova e que já teve alguns donos. Quando foi comprada ela possuía um vestido vermelho, botinhas de florzinhas e os cabelos cor de mel, olhos azuis e o seu rosto estampava um sorriso de boneca feliz. Sua primeira dona foi Alice, uma menininha órfã que vivia com os avós no campo, ela lhe foi dada como presente de seu terceiro aniversário, seus avós a compraram porque a acharam linda e ela não custava muito caro já que eles não tinham condições pra mais do que isso. Mas isso não importa Alice se apaixonou pela boneca do mesmo jeito, criança é bom por isso, não precisa de muito e desde que se apeguem a algo, aquilo se torna a coisa mais importante de suas vidas. Alice dormia e acordava com ela todos os dias, a levava onde quer que fosse, pra cima e pra baixo, aonde ia a arrastava, brincou tanto, mas tanto que seu vestidinho rasgou, foi aí que ela ganhou seu primeiro remendo, sua avó pegou uns trapos velhos que tinha guardado, e tapou o imenso rasgo no vestido da boneca, nem por isso Alice passou a gostar menos dela. Mas Alice cresceu e um belo dia a boneca foi dada a uma criança carente da região, carente em todos os sentidos da palavra.
Nesse segundo lar a boneca passou por mals bocados, Lucinha vivia com dois irmãos mais velhos, uma mãe que sofria de um câncer em estágio avançado e um pai alcoólatra, que batia muito nos três, mas Lucinha adorava a boneca e quando sentia medo se agarrava a ela com toda força segurando-a com suas mãozinhas inocentes e rezando pra que ele parasse com aquilo, pra que ele dormisse logo e tudo ficasse em silêncio de novo, e quando isso acontecia, ela podiam finalmente brincar, e fazia em silêncio pra que a mãe pudesse descansar e o pai não acordasse e começasse tudo de novo, a gritaria, a quebração de coisas e todas aquelas palavras feias, que ela não entendia muito bem, mas que pela feição do pai sabia que não eram boas palavras, coisa que ela também não conhecia muito bem, palavras bonitas... Mas um dia num ataque de fúria seu pai a arrancou dos braços com toda força e com isso rasgou mais um pedacinho da sua roupa, e foi aí que ela ganhou outro remendo. Lucinha rasgou uma de suas blusas e ela mesma costurou meio desajeitada, afinal ela era só uma criança de seis anos, mas fez, ponto por ponto. A essa altura a boneca já possuía dois remendos, um de cada cor, seu rostinho já não era o mesmo, estava sujo pelo tempo e os olhos azuis já nem eram tão azuis como antes, estavam desbotados, sem brilho.
Então um dia Lucinha foi pra escola, e nunca mais voltou pra casa, o motivo ela não sabe, mas de certa forma ela se sentiu aliviada em ir morar num lugar onde tinha um monte de crianças de sua idade, e brinquedos diferentes e tinha até comida em vários horários, e quando perguntava sobre sua família sempre respondiam que eles estavam no céu, resposta que ela só foi entender o significado muito mais tarde. Lucinha partiu e a boneca continuou lá, naquele lugar cheio de crianças, que a pegavam, apertavam, rabiscavam, pisoteavam e a amavam também, a boneca fez muitas crianças felizes, muitas mesmo. E foi nesse mesmo lugar que ela ganhou todos os seus outros remendos, e no seu vestido, o vermelho de antes já era impossível de se ver, era só um monte de tecidos de vários formatos e tamanhos presos com linhas multi coloridas.
A boneca sentiu todas as alegrias que causou as crianças, e ficava feliz por ter feito, mas ela também sentiu todas as tristezas no qual presenciou, e muitas vezes tudo que ela queria era ter um coração batendo, mas depois percebeu que era melhor ser só uma boneca cheia de remendos, remendos esses que o tempo causou e que desfez sua forma original, cada cor do vestido representava histórias tristes e alegres, e no fundo ela sabia que jamais poderia ser a mesma de antes, jamais poderia ter o vestidinho vermelho e os olhos azuis brilhantes de anos atrás, e que aquela sujeirinha no seu rosto jamais sairia, ela nunca voltaria a ser mesma depois de tantos remendos, mas o que importava, ela sabia que era só uma boneca de pano.
[Fernanda Padulli]

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

caminho

caminho ,
salto ,
grito,
tropeço e caio.
lentamente olho em direcçao a ti e continuo ,
como se nada fosse e sigo em frente
foi so um tropeçao
nada mais.
amanha serei mais feliz
a nossa vida semente que cresce
vida que aparece
encontramos outras sementes e juntas continuamos a caminhar
vem o vento e somos separadas
continuamos os nossos caminhos,f
lorescemos,da-mos frutos,e sorrimos somos vida
o vento tenta juntar as sementes que foram separadas,mas as sementes sem frutos nao sao vida
e as sementes potentes como sao.querem ceder,mas mantem-se firmes para se solidar e transformarem-se numa grande e poderosa vida.
talvez com a velhice o vento consiga juntar as sementes.
talvez a vontade seja mais fraca do que o vento,
talvez as sementes se voltem a encontrar talvez voltem a caminhar juntos ,
talvez

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Como incentivar os miudos a estudar?

nao dá objectivos,nao dá ter bases,nao dá ter castigos.nada funciona vou abana-los e inverter-los pode ser assim que funcione.
aceito ideias.
sao dois adlescentes,e nao estudam.
tem bases,
tem bons exemplos,
ja foram castigados,
como fazer aceito os comentarios todos.